Periferias em rede: Estabelecendo conexões com a filantropia

O Confluentes apoia organizações que estão trabalhando na ponta para mudar a vida das pessoas!

O Confluentes e a Iniciativa PIPA promoveram o encontro “Periferias em rede: Estabelecendo conexões com a filantropia”, reunindo lideranças de organizações periféricas de várias regiões do Brasil. Aberto à participação de todos os confluentes, foi uma oportunidade para nossos doadores conhecerem de perto as realidades, desafios e estratégias dessas lideranças comunitárias, além de fortalecer as conexões e ampliar o impacto das ações filantrópicas.

O evento, realizado na casa da confluente Bettina Martins Castro, contou com a presença de Antonieta Costa (Cuiabá-MT), fundadora do Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso e do Centro Cultural Casa das Pretas; Jander Manauara (Manaus-AM), idealizador do coletivo de hip hop Origenas e diretor cultural da Associação Intercultural de Hip Hop Urbanos da Amazônia; Daniel Paixão (Paulista-PE), presidente da Associação Fruto de Favela e criador da startup Hub.Periférico; e Débora Silva (Belford Roxo-RJ), fundadora e gestora da ONG Sim! Eu Sou do Meio e membro da coordenação do Fórum de Cozinhas Solidárias. O resultado foi uma rica troca de experiências e aprendizados, destacando a importância da colaboração e do apoio mútuo para o fortalecimento da democracia no Brasil.

Antonieta Costa destacou a importância de reconhecer e valorizar a história das mulheres negras em Cuiabá. “O Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso tem a finalidade de fazer um trabalho propositivo e diretivo de gênero e raça, pois até hoje Mato Grosso não sai do primeiro ranking do número de feminicídios, estupro de vulnerável e violência contra a comunidade LGBT”, explicou. Ela mencionou também a promoção da saúde da população negra e a educação das comunidades quilombolas do Mato Grosso como partes fundamentais do trabalho desenvolvido pelo Instituto.

Depois, Jander Manauara trouxe uma perspectiva sobre a luta pela valorização da cultura e identidade indígena na Amazônia. “Não devemos ser nem pessimistas nem otimistas, precisamos ser realistas esperançosos”, afirmou, ressaltando ainda a importância de adaptar e valorizar as comunidades urbanas amazônicas na luta pela sustentabilidade e justiça social.

Ao compartilhar sua trajetória de superação e inovação, Daniel Paixão, presidente da Associação Fruto de Favela e criador da startup Hub.Periférico, enfatizou o poder transformador da educação e tecnologia. “A batalha me escolheu e eu escolhi transformar realidades. Com o Fruto de Favela, conseguimos impactar a vida de milhares de jovens, oferecendo oportunidades de educação e inclusão tecnológica”, contou. Daniel falou sobre a importância de desenvolver serviços para impacto social e fortalecer as conexões entre quem doa e quem precisa de doações.

Débora Silva, fundadora e gestora da ONG Sim! Eu Sou do Meio e membro da coordenação do Fórum do Programa de Cozinhas Solidárias, compartilhou os desafios enfrentados na Baixada Fluminense. “A violência e a desigualdade são realidades diárias em Belford Roxo, mas acreditamos na força da comunidade para transformar essa realidade. A ONG Sim! Eu Sou do Meio nasceu dessa necessidade de mudança”, disse. Ela destacou a importância de promover a acessibilidade e visibilidade para as comunidades marginalizadas.

Complementando o evento, Marcelle Decothé, diretora de estratégia e sustentabilidade da PIPA, explicou a missão da iniciativa e a importância da democratização da filantropia, enfatizando a necessidade de apoiar e fortalecer os coletivos e movimentos de base para diminuir as desigualdades no Brasil. Fundada em 2019, a Iniciativa PIPA busca democratizar a filantropia e o investimento social privado no Brasil. Com uma rede de 600 organizações periféricas em todo o país, a PIPA atua tanto na sensibilização de investidores sociais quanto no fortalecimento de coletivos e movimentos de base, promovendo a redução das desigualdades e a inclusão social. “A PIPA não fala por periferias, nós somos da periferia”, completou Marcelle.

Para quem ainda não conhece, o Confluentes é uma plataforma que conecta causas e pessoas, mobilizando recursos de doadores individuais para organizações da sociedade civil que realizam um trabalho dedicado e estratégico. O projeto oferece aos doadores – os confluentes – a possibilidade de participarem de eventos e encontros com agentes de transformação social, proporcionando um entendimento mais profundo sobre como cada pessoa pode contribuir para um Brasil mais justo e menos desigual.

Quer fazer parte dessa iniciativa? Seja você também um confluente! Acesse confluentes.org.br/seja-confluente.

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