6 livros para entender a economia brasileira

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Uma das grandes missões e desafios do novo governo federal é fazer a economia crescer com responsabilidade social. O que pode ser feito para chegarmos a esse equilíbrio? Não há resposta simples. Como dizem por aí, o Brasil – e especialmente a economia brasileira – não é para amadores.

Mas mesmo os amadores podem conhecer um pouco mais da nossa história econômica para tentar olhar de maneira mais clara para o que acontece hoje e dos caminhos possíveis a trilhar. Para isso, selecionamos aqui seis livros fundamentais para compreendermos a economia brasileira.

Formação econômica do Brasil, Celso Furtado (Companhia das Letras)

Publicado em 1959, é um livro essencial – um verdadeiro clássico da historiografia econômica e das ciências sociais. Ministro do Planejamento do governo João Goulart e, ao voltar do exílio, ministro da Cultura do governo José Sarney, Celso Furtado (1920-2004) inicia o texto com a análise da análise da ocupação do território brasileiro e percorre cinco séculos de história econômica.

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A construção política e econômica do Brasil: Sociedade, economia e Estado desde a Independência, Luiz Carlos Bresser-Pereira (Editora 34)

Uma das mais amplas análises do desenvolvimento brasileiro, abrangendo, em sua mais recente edição, da Independência aos governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro. O autor, doutor em Economia pela USP e ministro nas gestões de José Sarney e Fernando Henrique, se debruça sobre a estruturação das coalizões de classe que se sucederam no poder e a disputa entre o liberalismo econômico e o desenvolvimentismo.

Saga brasileira: A luta de um povo por sua moeda, Miriam Leitão (Record)

A jornalista Miriam Leitão combina análise econômica a histórias individuais de brasileiros e brasileiras para traçar a trajetória da moeda no Brasil desde a hiperinflação – que, nos quinze anos que antecederam o Plano Real, foi de 13,3 trilhões por cento. Ela conta como, passando por variadas indexações, congelamentos, confisco de poupança e planos econômicos diversos, o país trocou de moeda cinco vezes em oito anos e enfrentou sucessivas crises.

A real história do Plano Real: Uma moeda cunhada no consenso democrático, de Maria Clara R. M. do Prado (E-Galáxia)

Maria Clara R. M. do Prado, jornalista especializada em temas econômicos, narra a história do plano econômico que fez com o Brasil pudesse deixar para trás um longo período de inflação. O livro conta desde detalhes dos bastidores da criação do real até a desvalorização em 1999, primeira grande ameaça à moeda, abrangendo um período fundamental para compreendermos onde estamos hoje.

Para não esquecer: Políticas públicas que empobreceram o Brasil, vários autores (Editora Autografia)

Composto por 25 capítulos escritos por 33 autores, entre eles a economista e advogada Elena Landau, que participou da primeira edição do Festival Confluentes, em 2022, o livro traz um registro histórico de políticas públicas implementadas no Brasil desde o início do século que tiveram resultados ruins. Afinal, aprender com os erros e evitar sua repetição é fundamental para que seja possível progredir.

O capital no século XXI, de Thomas Piketty (Intrínseca)

Um dos livros mais comentados da última década, a obra do autor francês, professor da Escola de Economia de Paris, se tornou referência entre os estudos econômicos ao refletir sobre a dinâmica do capitalismo a partir de sua contradição fundamental – a relação entre o crescimento econômico e o rendimento do capital. Segundo Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia, “Piketty transformou nosso discurso econômico; jamais voltaremos a falar sobre renda e desigualdade da maneira que fazíamos”.

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