#EuSouConfluente: Bruno Lewicki

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Conheça Bruno Lewicki, advogado e confluente                                                                        

Desta vez, na série #EuSouConfluente, em que apresentamos nossos doadores – as pessoas que fazem o Confluentes acontecer –, convidamos o advogado Bruno Lewicki para um ótimo bate-papo.

Em poucas palavras: quem é você?
Trabalhei como advogado por bastante tempo, com atividade variada mas uma predileção pela área de direito autoral, tema do meu doutorado na UERJ. Há sete anos mudei-me para São Paulo e passei a trabalhar na área de relações governamentais e políticas públicas, voltado para o setor de tecnologia.

Como você chegou ao Confluentes?
Pesquisando na internet. Nunca tinha ouvido falar no Confluentes e não tinha relação pessoal com nenhum dos seus integrantes. Achei a proposta muito inovadora e fui convencido pela curadoria de organizações apoiadas.

O que é filantropia para você?
É parte de um processo pessoal de conexão aos problemas da nossa sociedade, e de entender-se, a si próprio, como parte do problema e também da solução.

Por que doar?
O porquê eu acho até intuitivo, basta olhar ao nosso redor… Acho mais intrigante indagar outras questões. O “quando”, claro, faz parte da jornada pessoal de cada um. O “como” é a parte mais interessante: a falta de cultura filantrópica no Brasil faz desse setor um mar difícil de navegar. Iniciativas como o Confluentes são essenciais para normalizar esse hábito.

Que causas você considera mais urgentes?
Num país tão desigual quanto o nosso, acho difícil deixar de definir como mais “urgentes” aquilo que está na base da famosa pirâmide de Maslow: segurança alimentar, teto. Mas eu acho que a filantropia pode desempenhar um papel muito relevante no campo da educação, entendida não apenas como ensino formal mas também acesso à cultura, línguas e outras oportunidades.

Antes de se tornarem confluente, você já havia tido alguma outra experiência de engajamento social?
Menos do que eu gostaria, mas acho que “engajamento social” é um termo bastante amplo ao qual consigo relacionar algumas passagens da minha vida: quando, por exemplo, assumi a coordenação da graduação em Direito do Ibmec, no Rio, e propus a criação de um núcleo de prática jurídica voltado para a área da diversidade sexual, com atendimento gratuito para a comunidade. Ou o ano que passei em Brasília trabalhando na Câmara dos Deputados com foco na reforma das regras do direito autoral, e que resultou numa nova lei com o objetivo de aumentar os repasses feitos pelo ECAD à classe artística.

O que mudou em sua vida desde que você se tornou confluente?
Tenho me sentido, novamente, mais conectado à conjuntura brasileira. Nos últimos anos, por motivos profissionais mas também por interesse pessoal, submergi em questões internacionais e consumi muita informação externa. Segui cercado pelo noticiário local, claro, mas muito focado na revolta com os absurdos cotidianos… Os encontros com os Confluentes têm sido parte de um processo de pensar como reconstruir nosso país, por mais duro que seja.

O que você diria para alguém que está pensando em começar a doar e a se engajar socialmente, mas não sabe bem como começar?
Escolha um problema que você gostaria de ajudar a resolver, e procure um grupo de pessoas que já se dedique a ele. Assim, esse engajamento torna-se uma jornada de aprendizado, de mão dupla, mais que uma doação unilateral.

Como é o Brasil dos seus sonhos?
Um país que sepulte o anti-intelectualismo. Não um retorno ao bacharelismo, mas voltar a acreditar nos especialistas para que estes guiem as políticas públicas nas suas respectivas áreas. O setor privado cumpre um papel muito importante, mas um país sem políticas públicas não é um país, é selvageria.

Ser confluente é…
Acreditar que um ato fundamentalmente individual, a filantropia, pode ter uma dimensão coletiva que aumente seus efeitos, e sua repercussão.

Vocês leu recentemente algum livro ou assistiu a algum filme ou série que gostaria de recomendar aos outros confluentes e parceiros?
Eu amo não ficção. O prolongamento da pandemia foi minando um pouco a minha disciplina de leitor… Em compensação, intensifiquei experimentos com formatos como audiolivros e newsletters, e virei um devorador de podcasts. Gosto muito de documentários musicais; um recente que achei incrível foi Dom Salvador & Abolition. E comecei agora a ler as duas biografias da Lina Bo Bardi que foram lançadas esse ano. Acho a Lina uma personagem incrível tanto pela dimensão artística quanto política da sua obra.

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