Um encontro com Flávio Dino

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Governador do Maranhão conversou com os confluentes sobre os desafios do contexto atual                 

No primeiro dos Encontros com Lideranças de 2021, o Confluentes recebeu o atual governador do Maranhão Flávio Dino. Numa conversa exclusiva, todos os nossos apoiadores tiveram a oportunidade de ampliar sua visão sobre os desafios políticos do contexto atual e fortalecer sua capacidade de ação como sociedade civil na defesa da democracia.

Formado em Direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Dino atuou como juiz federal por 12 anos até, em 2006, decidir se dedicar à política partidária. Eleito deputado federal do Maranhão, foi seguidamente apontado como um dos mais influentes parlamentares do Brasil pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) e pelo site Congresso em Foco. Em 2014 venceu a eleição para governador no primeiro turno, sendo reeleito quatro anos depois com 59% dos votos. É também presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.

Realizada via Zoom na noite de 27 de abril, a conversa foi aberta pelo jurista, membro Academia Brasileira de Letras e ex-ministro Celso Lafer. O jurista, que foi professor de Flávio Dino, celebrou o trabalho do governador no plano internacional durante o combate à pandemia e na proteção ao meio ambiente, atuação que, nas palavras de Lafer, “mostra uma relação entre o interno e externo que só uma pessoa com visão de futuro e liderança pode efetivamente catalisar”.

Assumindo a palavra, antes de responder às perguntas dos participantes, Dino frisou que vem acima de tudo tentando contribuir com o federalismo cooperativo entre os estados para compensar a ausência de articulação nacional, que, fruto do negacionismo do governo federal, gera uma perda de potência e eficácia das ações regionais. “É como estar num barco, em mares tempestuosos, em que, enquanto parte da tripulação tenta ajustar as velas, o comandante quer simplesmente afundar o barco. É assim que nos sentimos”, comparou.

Trabalhando com estratégia, agilidade e investimento – em 2020 foram aplicados R$ 2,1 bilhões no combate à pandemia –, o Maranhão tem hoje a menor taxa de contaminação por Covid-19 no país em termos proporcionais. Ainda assim, o governador destaca que este tem sido o momento mais difícil de sua vida profissional em 32 anos como servidor público. “O problema principal reside na solidão, pois este muitas vezes é um esforço solitário, de chorar. Não é licença poética nem figura de linguagem. É de chorar mesmo. Às vezes de desespero, às vezes de pânico, às vezes de impotência, às vezes de raiva. Sim, porque não precisaríamos ter 400 mil brasileiros e brasileiras com vidas perdidas. É importante repetir essa obviedade com indignação, para evitar a banalização e a naturalização disso tudo”, afirmou.

No entanto, Dino percebe hoje no país um retorno gradual à valorização do diálogo. Ele acredita, com isso, que podemos esperar uma vitória da democracia nas próximas eleições. “Apostei meu Fusca 81 na derrota do fascismo em 2022. E vocês sabem que esse é um bem de altíssimo valor sentimental, para ver o tanto de confiança que tenho na derrocada do bolsonarismo. E depois a vida segue.”

O próximo bate-papo da série Encontros com Lideranças acontece na quarta, 5 de maio, e será com o advogado, professor e ex-secretário nacional de Justiça Beto Vasconcelos. Ao lado do YouTuber Felipe Neto e outros advogados (entre eles o confluente Augusto de Arruda Botelho), Beto lançou o movimento “Cala a Boca Já Morreu” para garantir a defesa gratuita de pessoas investigadas por críticas ao governo federal.

Para participar, torne-se confluente. Confluentes é um projeto que conecta pessoas, causas e organizações que querem tornar o Brasil um país mais justo e igualitário. Doe, aprenda, mude a si mesmo e ajude a mudar o mundo. Visite www.confluentes.org.br/faca-parte.

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