A mobilização de recursos para apoiar quem mais precisa é urgente
O Confluentes apoia o Movimento por uma Cultura de Doação, uma rede aberta e democrática formada por pessoas e organizações que, desde 2012 se articulam voluntariamente no propósito de enraizar a doação como parte de nossa cultura. Idealizado em abril de 2021, o movimento arrecadou até o fim do ano passado mais de R$ 12 milhões de doações para 86 ONGs. Agora, no auge da pandemia, a iniciativa volta a buscar doações para famílias desamparadas. A mobilização de recursos para apoiar quem mais precisa é urgente. Vamos, juntos, propagar essa ideia. Leia e assine e divulgue a Carta Aberta do Movimento por uma Cultura de Doação, reproduzida abaixo na íntegra. Viste www.doar.org.br/cartaaberta.
CARTA ABERTA DO MOVIMENTO POR UMA CULTURA DE DOAÇÃO
A pandemia completa um ano no Brasil. Ainda que dentro da imensidão da diversidade brasileira estejamos vivendo cenários extremamente diferentes, há algo em comum: estamos exaustos. Se no início nutrimos a expectativa de que a pandemia poderia ser rápida, hoje estamos cientes de que irá demorar bem mais do que pensávamos.
E é em meio a esse cansaço e certa desesperança, que atravessamos a pior fase da pandemia no país. O número de casos atinge seu pico e estamos próximos a um cenário de colapso dos hospitais. É findo também o auxílio emergencial e milhares de brasileiros voltam a estar abaixo da linha da pobreza. Quando olhamos para o cenário das doações, grandes volumes de recursos foram doados endereçando questões extremamente importantes, fazendo uma diferença enorme na vida das pessoas com menos acesso a recursos, mas também percebemos a diminuição das doações desde outubro de 2020, o que seria algo esperado se a grande onda tivesse passado. Mas ainda não passou. A média diária de doações em março de 2020 foi de 108 milhões de reais, enquanto a de fevereiro de 2021 foi de 630 mil reais. Menos de um centésimo do que já foi.
Por isso, convidamos novamente a sociedade brasileira a respirar fundo, ir além de seu próprio desânimo e se mobilizar para mais uma rodada de doações.
É hora de doar. Hora de incorporar a doação na nossa vida diária.
De convocar cada um daqueles que podem – instituições, empresas, famílias e indivíduos – a ser parte do endereçamento à crise social que vivemos, da forma que puderem. Queremos reavivar a onda de doações que chacoalhou nosso país no ano passado – precisamos fazer mais uma vez essa mobilização!
Aos doadores individuais, nosso convite é: sigam doando. Encontrem as pessoas e organizações nas quais confiam e doem. A quem lhes fizer sentido e o quanto puderem. É sobre quantos de nós doa, mais do que sobre quanto cada um de nós pode doar.
Aos doadores institucionais, em especial, pedimos que estejam atentos às necessidades, que podem não ser as mesmas do início. É hora de perguntar e ouvir as organizações da sociedade civil. E também aqueles que recebem as doações, sobre suas necessidades. Pensar junto a eles sobre os efeitos que começam a reverberar em diversos campos. É preciso flexibilizar as vontades ou ideias próprias em prol de uma escuta profunda sobre quais as reais necessidades que nos acompanharão nesses próximos momentos. É sobre se abrir ao diálogo e, sim, seguir doando o máximo possível e aproveitar esse momento para olhar com coragem as questões sistêmicas do nosso país para que possamos construir uma sociedade mais justa e equânime.
Não podemos controlar uma pandemia, mas podemos contribuir para que seu legado seja uma sociedade mais unida, solidária e confiante. Doar é um grande passo nessa direção. Doar é um ato de cuidado e respeito.
Movimento por uma Cultura de Doação
www.doar.org.br
Para assinar a carta, clique no link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfL-HKEHohZiF4VftkmfavobaNBrOXkfP8IWN-7E0sdPoRGKw/viewform